"A política é a arte de disfarçar o jogo sério com sorrisos." – A frase, adaptada de Maquiavel, parece resumir o clima no Palácio dos Leões esta semana. Em meio à crise envolvendo o vice-governador Felipe Camarão (PT), o governador Carlos Brandão (PSB) decidiu aliviar a tensão com uma pitada de humor maranhense – e um trocadilho que não passou despercebido.

O "Camarão" no Cardápio da Crise

Em vídeo descontraído durante encontro com prefeitos, Brandão soltou: "Vou comer Camarão, né, Orleans?", olhando para o sobrinho, o prefeito de Peri-Mirim, como quem pede confirmação cúmplice. A brincadeira, obviamente, não era sobre gastronomia, mas uma referência indireta ao vice Felipe Camarão, que enfrenta turbulências após vazamento de mensagens misóginas atribuídas a ele.

O momento, gravado e amplamente compartilhado, viralizou como um meme político, mas carregava um recado subtextual: Brandão parece estar pronto a "degustar" a crise – seja para distanciar-se do vice, seja para sinalizar que o PT não sairá ileso do imbróglio.

O Prato que Esfria uma Parceria

A relação entre Brandão e Camarão já vinha em "banho-maria" há meses, segundo aliados. Com as eleições de 2026 no horizonte, o PSB busca reposicionar-se, e o PT – que divide o governo – virou alvo fácil após os prints polêmicos. A brincadeira do governador, portanto, soou como um "bon appétit" aos adversários.

Felipe Camarão, que ainda não se pronunciou sobre o laudo que confirmou a autenticidade das mensagens, deve estar se perguntando, como diria Shakespeare: "Ser ou não ser comido, eis a questão."

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O Acompanhamento da Fritura

Enquanto isso, nas redes sociais, o trocadilho virou piada pronta:

• "O Maranhão prefere camarão ao vivo ou a Brandão?"

• "Se for camarão grelhado, a oposição já está com o limão na mão."

Até o ex-governador Flávio Dino (PT) entrou no clima indiretamente, ao postar uma foto de um prato de camarão no Instagram – sem legenda, mas com timing suspeito.

O Final (Ou Só o Aperitivo?)

Se a política maranhense fosse um livro, este capítulo seria uma comédia de equívocos com gosto de tragédia. Como escreveu García Márquez em "Cem Anos de Solidão": "Era inevitável: o cheiro de camarão frito acabou chegando até a sala do trono."

Agora, resta saber se Brandão vai mesmo "comer o camarão" – ou se o prato vai esfriar antes da próxima jogada.

Fica a dica: Nas eleições de 2026, o PT pode precisar de um bom chef para reapresentar seu cardápio.