São Luís, MA – O Maranhão já contabiliza 1.303 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 89 óbitos, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES-MA). Diante do aumento de internações e da sobrecarga na rede hospitalar, o governo iniciou a montagem de um Hospital de Campanha no estacionamento do Multicenter Sebrae, no bairro Cohafuma, na capital.
A estrutura, que deve entrar em funcionamento ainda neste fim de semana, contará com 20 poltronas para medicação e 10 leitos de observação, atendendo pacientes com sintomas gripais leves, como febre, tosse e mal-estar. O objetivo é desafogar as unidades de saúde e evitar que casos simples evoluam para complicações respiratórias.
Especialistas atribuem o surto à baixa adesão à vacinação, principalmente entre grupos prioritários. Dados oficiais mostram que apenas 20,89% das crianças, gestantes e idosos no estado estão imunizados contra a gripe.
O infectologista Antônio Augusto explica que os picos de SRAG são comuns entre março e maio, período de chuvas intensas no Maranhão, mas a demora na imunização agrava a situação. "A vacina está disponível há meses, mas a cobertura está muito abaixo do ideal", alerta.
Já o médico Bernardo Wittlin reforça que a gripe, causada pelo vírus influenza, pode evoluir para complicações como pneumonia e SRAG, especialmente em idosos, crianças e pessoas com comorbidades. "A falta de ar é um sinal de alerta que exige atendimento imediato", destaca.
Atendimento: De domingo a domingo, das 7h à meia-noite, por demanda espontânea.
Fluxo: Triagem por enfermeiros, avaliação médica e medicação, se necessário. Casos graves serão encaminhados a hospitais de referência.
Equipamentos: Aspirador portátil e balão de oxigênio para emergências. Ambulância ficará disponível para remoções.
A SES-MA reforça a importância de:
✔ Lavar as mãos com frequência;
✔ Usar máscara em locais fechados;
✔ Manter ambientes ventilados;
✔ Cobrir boca e nariz ao tossir;
✔ Evitar aglomerações.
A vacinação está disponível em policlínicas, UPAs e postos de saúde. Autoridades pedem que a população busque imunização, principalmente os grupos de risco.
Situação exige atenção
Com hospitais lotados e vírus circulando de forma agressiva, a conscientização e a prevenção são as principais armas para reduzir casos e mortes. A SES monitora a situação e não descarta novas medidas se o cenário se agravar.