Quase sete anos após um crime que chocou o interior do Maranhão, Manoel Mariano de Sousa Filho, conhecido como Júnior do Nenzin, foi sentenciado a 16 anos de prisão em regime fechado pelo homicídio do próprio pai, o ex-prefeito de Barra do Corda, Manoel Mariano de Sousa, o "Nenzin".
O julgamento ocorreu na última quarta-feira (21), no Fórum Desembargador Sarney Costa, em São Luís. O processo foi transferido da comarca de Barra do Corda para a capital por questões de segurança e para assegurar a imparcialidade dos jurados. A sessão, presidida pelo juiz Pedro Guimarães Júnior, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, se estendeu até a madrugada de quinta-feira (22).
De acordo com a acusação, o crime foi premeditado e motivado por conflitos familiares e interesses financeiros. Nenzin foi morto com um tiro na nuca, e as provas coletadas durante as investigações — incluindo laudos periciais e imagens de câmeras de segurança — confirmaram o envolvimento direto do filho no assassinato.
A defesa tentou reverter o caso, mas o júri aceitou integralmente a tese do Ministério Público, que destacou a existência de dolo e planejamento. Com a condenação por homicídio qualificado, o juiz Clésio Cunha decretou a prisão imediata de Júnior do Nenzin, que foi encaminhado à Penitenciária de Pedrinhas sem direito a recorrer em liberdade.
Outro acusado no caso, Luzivan Ferreira, ex-vaqueiro da família, também responderá por participação no crime. Seu julgamento foi marcado para o dia 9 de julho.
O caso continua repercutindo na região, marcando um dos episódios mais trágicos da política maranhense.