Aldeias Altas, MA – Em menos de dois meses, o pequeno município de Aldeias Altas, localizado a 398 km de São Luís, registrou três crimes brutais que chocaram a população e acenderam o alerta sobre a escalada da violência na região. Os casos, marcados por extrema crueldade, envolvem o assassinato de uma adolescente, um jovem morto pelo próprio tio e um tiroteio que vitimou um adulto e uma criança. A sequência de tragédias deixou a comunidade em estado de luto, revolta e medo, enquanto questiona: Até onde vai a violência em Aldeias Altas, Caxias e região?
No dia 5 de abril, a jovem Ana Beatriz do Nascimento Feitosa, de apenas 13 anos, foi vítima de um crime hediondo. A adolescente foi atropelada, perseguida e esfaqueada por Francisco Lopes, 67 anos, um conhecido da família. O suspeito, descrito como "pacato" por vizinhos, fugiu após o crime, mas foi preso horas depois em Codó. A brutalidade do caso levou a protestos nas ruas, com moradores exigindo justiça e maior segurança.
Menos de um mês depois, em 20 de abril, outro crime brutal abalou a zona rural de Aldeias Altas. João Vitor Feitosa, 19 anos, foi assassinado pelo próprio tio, Antônio César, após tentar proteger uma mulher de agressões. O suspeito, motorista de ônibus escolar, segue foragido, enquanto a família e a comunidade clamam por sua captura.
Na última sexta-feira (9), um ataque a tiros no município deixou dois mortos – um homem e uma criança – e outra criança em estado grave. Testemunhas relataram que criminosos em um carro dispararam contra moradores em frente a suas casas, em um possível acerto de contas. A polícia investiga o caso, mas a falta de respostas só aumenta o temor na população.
Os crimes consecutivos levaram moradores a protestos e cobranças por mais efetividade policial. "Não podemos mais viver com esse medo. Precisamos de justiça e segurança urgente", desabafou uma residente. A Polícia Civil e a PM afirmam que as investigações estão em andamento, mas a sensação de impunidade persiste.
Enquanto Aldeias Altas chora suas vítimas, a pergunta que fica é: O que será necessário para frear essa onda de violência? A comunidade espera respostas antes que mais vidas sejam perdidas.