O preço do gás de cozinha deve aumentar significativamente nas próximas semanas, pressionando ainda mais o orçamento das famílias brasileiras, especialmente no Maranhão. O reajuste de 10,5% no valor do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), que já está sendo aplicado para as distribuidoras, foi anunciado pela Acelen, empresa que administra a Refinaria de Mataripe, localizada na Região Metropolitana de Salvador.
Em comunicado oficial, a Acelen explicou que o reajuste foi necessário devido a uma série de fatores de mercado, incluindo o preço do petróleo, que é comprado a valores internacionais, além do câmbio e dos custos de transporte. "Os preços seguem critérios de mercado e variam conforme essas condições", informou a empresa. A instabilidade do dólar e o aumento nos custos de frete têm contribuído para a alta nos preços, o que tende a gerar impactos nos valores repassados ao consumidor final.
Na capital baiana, os consumidores já estão sentindo o peso desse reajuste. O preço médio do gás de cozinha, que antes estava entre R$ 138 e R$ 140, agora pode atingir até R$ 150, conforme estimativas do Sindicato dos Revendedores de Gás do Estado da Bahia (Sinrevgas). Esse é o aumento mais alto dos últimos três anos e deve afetar revendedores e consumidores em outras regiões do país.
O revendedor Luciano Costa, que trabalha em Salvador, confirma a aplicação do novo preço e o impacto direto nos seus negócios. "Já estamos com o preço reajustado. Infelizmente, a nota fiscal já veio mais cara, e meu estoque está quase zerado. Agora, teremos que repassar o aumento para o cliente final", declarou Costa.
A previsão é que esse reajuste chegue ao Maranhão e a outras regiões nas próximas semanas, seguindo a distribuição do produto com os novos valores. Para muitos consumidores, o aumento no preço do gás de cozinha é um golpe adicional no orçamento, especialmente em um cenário onde a inflação e o custo de vida já preocupam.
Com essa elevação no preço, o impacto será sentido nos lares maranhenses e nas pequenas empresas que dependem do gás para suas atividades. "Já estava difícil arcar com as despesas, e agora o gás ficará ainda mais caro. Vai ser preciso repensar o orçamento e buscar alternativas para tentar economizar", afirma a dona de casa Maria de Lourdes, que reside em São Luís.
Especialistas recomendam que os consumidores busquem formas de economizar gás, como evitar o desperdício e planejar o uso do botijão. Além disso, vale pesquisar preços entre revendedores, já que alguns estabelecimentos podem oferecer valores mais acessíveis.
Enquanto os consumidores esperam por uma possível estabilização, o cenário atual indica que o aumento no preço do gás de cozinha deve pesar nos próximos meses, especialmente para as famílias de baixa renda.
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