São Luís, MA – Enquanto o governador Carlos Brandão (PSB) oscila entre alianças e hesita em definir um nome para sua sucessão em 2026, o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), avança silenciosamente, consolidando apoios e ampliando sua influência em todo o Maranhão. A indecisão do governador não apenas paralisa sua própria base, mas abre caminho para que Braide, líder absoluto nas pesquisas, se torne um candidato quase imbatível.
Carlos Brandão, herdeiro político do grupo de Flávio Dino, enfrenta um dilema: escolher entre o vice-governador Felipe Camarão (PT) ou o secretário Orleans Brandão (MDB) como candidato de sua base. No entanto, sua postura vacilante – ora criticando aliados, ora recuando – tem deixado tanto o PT quanto o MDB em suspense.
Felipe Camarão (PT): Alvo de ironias após declarações duras de Brandão, não tem liberdade para articular apoios.
Orleans Brandão (MDB): Também não recebe sinal verde para avançar em negociações.
Essa indefinição trava a pré-campanha e deixa os partidos sem rumo. Enquanto isso, os dias passam, e o calendário eleitoral se aproxima.
Enquanto o palácio dos Leões vive um impasse, Eduardo Braide age. Com mais de 70% de intenção de voto na Grande São Luís, o prefeito sabe que uma vitória esmagadora na região metropolitana pode ditar o ritmo no interior. Sua estratégia é clara:
Interiorização: Braide já construiu bases sólidas em Imperatriz, Balsas e Caxias, regiões-chave para a eleição.
Crescimento orgânico: Com 30-35% nas pesquisas estaduais, especialistas apontam que, se atingir 40% antes das convenções, sua vitória será quase inevitável.
Vagas ao Senado: A força de Braide pode arrastar candidatos da oposição ao Senado, ampliando seu poder de barganha.
O tempo é um aliado de Braide e um inimigo da base governista. Enquanto Brandão, Camarão e Orleans ainda tentam entender qual será o jogo em 2026, o prefeito de São Luís já está em campo, fechando acordos e conquistando eleitores.
A pergunta que fica é: Quando Brandão finalmente decidir, será tarde demais?
O Maranhão pode estar diante de um novo ciclo político – e, até agora, só há um nome ditando o ritmo: Eduardo Braide.