Donald Trump foi declarado vencedor das eleições presidenciais dos Estados Unidos, superando a vice-presidente Kamala Harris e garantindo seu retorno à Casa Branca como o 47º presidente. Com essa vitória, ele se tornará o primeiro ex-presidente desde Grover Cleveland a retornar ao cargo após uma derrota. O novo mandato marca sua segunda passagem pela presidência, após ter governado o país de 2017 a 2021. Trump terá como vice o senador J.D. Vance, de Ohio.

A vitória do republicano foi projetada pela mídia americana na manhã de quarta-feira, 6 de novembro, às 7h30 no horário de Brasília. Até aquele momento, Trump havia conquistado 277 delegados no Colégio Eleitoral, superando os 270 necessários para garantir a presidência, enquanto Harris contava com 224 delegados. A confirmação veio com sua vantagem em estados decisivos como Wisconsin, que foi crucial para assegurar a vitória. No entanto, a contagem final de votos continua, e o Colégio Eleitoral terá até 17 de dezembro para formalizar os resultados. Após isso, o Congresso se reunirá em 6 de janeiro de 2025 para a diplomação, e a posse de Trump está marcada para 20 de janeiro.

A campanha de Trump focou em temas econômicos e de imigração, com críticas intensas aos seus oponentes. Entre suas principais propostas para o novo mandato estão cortes de impostos ainda mais abrangentes do que em sua gestão anterior. Ele pretende, por exemplo, eliminar o imposto de renda sobre gorjetas, horas extras e certos benefícios previdenciários, buscando reduzir a carga tributária de trabalhadores de baixa e média renda.

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Outro ponto forte de seu plano econômico é a imposição de tarifas mais altas sobre importações. Trump propôs um aumento de até 60% nas tarifas para produtos chineses e de até 20% para itens de outros países, uma medida que ele acredita ser essencial para proteger a indústria americana e reduzir a dependência econômica dos Estados Unidos em relação ao exterior. 

No debate realizado pela ABC News em 10 de setembro, Trump defendeu que essas políticas econômicas são essenciais para fortalecer a economia doméstica e gerar empregos. Ele destacou que, ao reduzir impostos e aumentar tarifas sobre produtos estrangeiros, estaria incentivando empresas a investir e fabricar mais nos Estados Unidos.

Com sua vitória, o Partido Republicano também conseguiu assegurar a maioria no Senado, o que pode facilitar a implementação dessas políticas. Líderes internacionais já começaram a parabenizá-lo, com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, sendo um dos primeiros a se manifestar.

Essas medidas econômicas e a postura mais protecionista fazem parte de um esforço maior de Trump para impulsionar o crescimento econômico interno, atraindo a atenção de aliados e opositores ao redor do mundo.