O sistema previdenciário brasileiro enfrenta desafios estruturais devido ao envelhecimento populacional e à redução da taxa de natalidade. Um estudo do Banco Mundial alerta que, sem ajustes, a idade mínima para aposentadoria pode chegar a 72 anos em 2040 e 78 anos em 2060 para manter a sustentabilidade do regime.
Envelhecimento Acelerado
O Brasil está envelhecendo mais rápido do que países desenvolvidos, com a taxa de dependência (proporção entre inativos e trabalhadores ativos) podendo dobrar em menos de 25 anos.
Expectativa de Vida em Ascensão
Aumento da longevidade pressiona o sistema, exigindo pagamentos por mais tempo.
Queda na Taxa de Contribuição
Apenas uma parcela da população economicamente ativa contribui regularmente para o INSS, reduzindo a arrecadação.
A Emenda Constitucional 103/2019 estabeleceu:
Idade mínima de 65 anos para homens e 62 para mulheres.
Exigência de 20 anos de contribuição (homens) e 15 anos (mulheres).
Regras de transição até 2031.
No entanto, especialistas afirmam que essas mudanças não são suficientes para equilibrar o sistema a longo prazo.
O Banco Mundial e analistas sugerem medidas como:
Unificação de Regras
Igualar idade de aposentadoria entre homens e mulheres.
Reduzir diferenças entre trabalhadores urbanos e rurais.
Incentivo à Permanência no Mercado de Trabalho
Políticas que estimulem a contratação de idosos, como benefícios fiscais para empresas.
Ampliação da Base de Contribuintes
Combate à informalidade e incentivos para que mais trabalhadores contribuam para o INSS.
Revisão de Benefícios Assistenciais
Análise de critérios para pensões e auxílios, evitando gastos excessivos.
Embora notícias recentes tenham circulado sobre possíveis aumentos na idade mínima para 78 anos, essas projeções não representam uma decisão governamental, mas sim um alerta sobre a necessidade de reformas.
Especialistas ouvidos destacam que, sem mudanças estruturais, o sistema pode entrar em desequilíbrio, comprometendo o pagamento de benefícios no futuro.
A Previdência Social brasileira demanda ajustes urgentes para garantir sua viabilidade. Enquanto o governo não anuncia novas reformas, o debate sobre medidas como aumento progressivo da idade mínima, inclusão previdenciária e equalização de regras permanece essencial.
Fontes: Banco Mundial, Valor Econômico, Diário do Comércio, especialistas em previdência social.