Essa é uma questão delicada e pode ser interpretada de diferentes maneiras. O governo afirma que a norma foi mal compreendida e distorcida por desinformações que geraram temores infundados na população, especialmente entre trabalhadores informais e pequenos empresários. Nesse contexto, ao revogar a medida, o governo tenta conter o desgaste político causado por essa narrativa negativa.
No entanto, a decisão pode ser vista por críticos como uma reação excessiva às chamadas "fake news", o que levanta a discussão sobre até que ponto o governo deve ceder às pressões baseadas em informações que considera equivocadas. Essa postura pode ser interpretada como um "recuo estratégico" para evitar mais danos à imagem pública, mas também pode passar a impressão de fragilidade frente à desinformação, abrindo espaço para futuros ataques políticos baseados em distorções de fatos.
Por outro lado, o governo também pode estar considerando que, mesmo com explicações técnicas corretas, a medida perdeu a legitimidade aos olhos da população, e insistir nela poderia gerar mais prejuízo político do que benefícios fiscais. A questão reflete o desafio de governar em um ambiente onde desinformação e pressões populares desempenham um papel significativo na formulação de políticas públicas.