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A carne registra a maior inflação em quatro anos e o preço ficará mais caro neste fim de ano.

O preço da carne bovina deve subir até 7,9% no último trimestre de 2024, a maior alta desde 2020, devido ao aumento no custo do gado e à menor oferta, agravada por uma seca severa. A inflação também pressiona os consumidores, enquanto as exportações de carne crescem.

Caio Silvano
Por: Caio Silvano Fonte: Do Caxias Online em Brasília
19/11/2024 às 07h42 Atualizada em 19/11/2024 às 07h52
A carne registra a maior inflação em quatro anos e o preço ficará mais caro neste fim de ano.

O aumento significativo no valor do boi gordo deve impactar o fim de ano dos consumidores brasileiros, tornando o preço da carne mais elevado e complicando a atuação do Banco Central, que segue elevando os juros para controlar a inflação, em uma estratégia diferente da adotada globalmente. Segundo a LCA Consultores, o preço da carne pode subir pelo menos 7,9% no último trimestre de 2024, a maior alta desde 2020. O aumento nos custos do gado é um dos maiores em quase 30 anos, afetando frigoríficos como a JBS. Esse cenário agrava os esforços do Banco Central para controlar a inflação, que já elevou a Taxa Selic para 11,25%, em sua segunda alta consecutiva.

A carne bovina, um alimento básico na dieta brasileira, influencia diretamente os preços de outras proteínas, como a carne suína e o frango. Esse item é politicamente sensível para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que havia prometido durante a campanha reduzir o preço da carne, especialmente a picanha. Andrea Angelo, estrategista de inflação da Warren Rena, estima que a carne bovina deve ter um aumento de 8% em 2024, o dobro do que era esperado meses atrás, e projeta um aumento de quase 14% para 2025.

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O fim de ano normalmente traz um aumento na demanda por carne, com o décimo terceiro salário e as festas de Natal e Ano Novo impulsionando o consumo. A inflação medida pelo IPCA deverá encerrar 2024 com alta de 4,6%, acima da meta de 3% estabelecida pelo Banco Central, conforme o comunicado do Copom.

Nos últimos dois meses, o preço do gado subiu 33%, a maior alta para o período em pelo menos 27 anos, desde o início da série histórica. Esse aumento é impulsionado por uma severa seca que tem prejudicado as pastagens e dificultado o fornecimento de animais para abate. Analistas da consultoria Datagro também preveem uma redução na oferta de gado brasileiro a partir de 2025, já que pecuaristas reduziram o rebanho de vacas nos últimos dois anos devido à queda nos preços desde 2022.

Os preços elevados do gado representam um desafio para os produtores de carne, que nem sempre conseguem repassar todos os aumentos de custo aos consumidores. A menor oferta de gado ocorre em um momento em que as exportações brasileiras de carne bovina estão em crescimento, especialmente para os EUA. A desvalorização do real aumenta o poder de compra dos importadores, gerando competição com o mercado interno. Apesar do aumento das exportações, que cresceram 31% este ano, os preços mais elevados do gado ainda afetam os preços para os consumidores brasileiros.

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