"A política é a arte de procurar problemas, encontrá-los, fazer um diagnóstico falso e aplicar depois os remédios errados." — A frase, do livro "O Príncipe", de Maquiavel, parece ter sido escrita para os dias atuais em Caxias. Enquanto alguns políticos se desgastam em alianças frágeis, outros movem suas peças com a precisão de um enxadrista.
O afastamento entre o deputado estadual Catulé Jr. e o ex-candidato a prefeito Paulinho (PL) já era um segredo de polichinelo nos corredores do poder. Mas o que chama atenção agora é a estratégia de Catulé: em vez de manter a dobradinha que rendeu mais de 40 mil votos em 2024, ele decidiu se aproximar de Rubens Pereira (Rubão), o todo-poderoso secretário de Articulação Política do Maranhão e braço direito do governador.
O primeiro sinal dessa mudança veio com o apoio de Catulé a Gabriel Tenório (de Matões) para a presidência da AGEMLESTE, um movimento que deixou Paulinho no escanteio. Nos bastidores, comenta-se que Rubão, frustrado com apostas recentes (como a derrota de Lícia Waquim e o 'pé-frio' de Augusto Neto em 2026), está realinhando suas fichas. E Catulé Jr. parece ser o novo 'projeto de poder' desse jogo.
O FUTURO EM DOBRADINHA?
Rumores indicam que, em 2026, Catulé pode formar chapa com Rubens Pereira Jr. (filho de Rubão), concorrendo à reeleição estadual enquanto prepara o terreno para uma possível candidatura à prefeitura de Caxias em 2028.
"Ou você morre como herói, ou vive o suficiente para se tornar o vilão." — A célebre frase do filme "O Cavaleiro das Trevas" (2008) parece resumir o dilema de Paulinho. Se Catulé confirmar sua aliança com Rubão, o ex-candidato terá que buscar um novo caminho — e rápido. Será que ele arrisca uma dobradinha própria, lançando um nome forte para deputado estadual e mirando uma vaga federal?
O JOGO SEGUE...
Enquanto isso, a política maranhense mais uma vez prova que, como dizia o escritor George Orwell, "num tempo de engano universal, dizer a verdade é um ato revolucionário". E a verdade, hoje, é que Catulé Jr. está reposicionando suas peças. Quem ficar parado pode perder não só uma eleição, mas todo um ciclo de poder.
Aguardemos os próximos capítulos. Na política, como no xadrez, o lance mais ousado pode ser o que define o jogo.