Uma notícia inesperada agitou o mundo do futebol nesta segunda-feira (28): a Seleção Brasileira poderá estrear um uniforme reserva vermelho na Copa do Mundo de 2026. A informação foi divulgada pelo site especializado Footy Headlines, conhecido por antecipar vazamentos de uniformes esportivos. Se confirmado, será a primeira vez na história que o Brasil usará a cor vermelha como camisa número 2 em uma competição oficial.
Segundo o site, o uniforme será produzido pela Jordan Brand, uma subsidiária da Nike voltada para a cultura streetwear e o basquete. O uniforme principal da seleção continuará sendo o tradicional amarelo.
De acordo com o estatuto da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), atualizado em 2017, as cores dos uniformes da seleção devem respeitar as cores presentes na bandeira da entidade: amarelo, verde, azul e branco. No entanto, há uma brecha para modelos comemorativos, desde que aprovados pela diretoria.
O caso mais recente foi o uniforme preto utilizado em 2023, em homenagem a Vinícius Júnior e ao combate ao racismo, durante amistoso contra Guiné.
Portanto, com a devida aprovação da CBF, o uso da camisa vermelha seria legal, mesmo que rompa com a tradição.
A escolha pela cor vermelha não é aleatória. A intenção, segundo fontes ligadas ao projeto, é modernizar a imagem da seleção e se aproximar de públicos mais jovens, além de criar conexão com a cultura dos Estados Unidos — um dos países-sede da Copa de 2026, ao lado de México e Canadá.
O design ainda não foi divulgado oficialmente, mas especula-se que o uniforme trará uma tonalidade de vermelho vibrante, com o famoso logo “Jumpman” da Jordan em lugar do tradicional símbolo da Nike.
Em 2016, a CBF já havia feito uma colaboração especial com a Jordan, mas esta será a primeira vez que a marca assinará um uniforme oficial em jogos da seleção principal.
A mudança já provoca fortes reações. Torcedores mais conservadores criticam a quebra da tradição azul, enquanto outros veem na novidade uma oportunidade de renovar a identidade visual da seleção.
O debate também invadiu o campo político. Diante da atual polarização no Brasil, alguns internautas brincam que, enquanto a camisa amarela passou a ser associada por alguns a grupos de direita, a nova camisa vermelha pode ser interpretada como um símbolo da esquerda — uma associação que, para muitos, não deveria existir no futebol.
Em meio a uma sociedade cansada de divisões políticas, a simples troca de cor no uniforme acabou ganhando um peso desproporcional. No fim das contas, para além das cores e dos símbolos, o que importa é que a camisa da Seleção Brasileira representa um país inteiro apaixonado por futebol — algo que deveria estar acima de ideologias.