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Preços do ovo, carne e café em alta; carne pode subir 17% e café até 24%

Os preços do ovo, da carne e do café seguem em alta nos próximos meses, com a carne bovina podendo subir até 17% e o café até 24%. Esse aumento é impulsionado por fatores econômicos, inflação, políticas públicas e também por adversidades climáticas que afetam a produção.

Redação
Por: Redação
06/03/2025 às 15h45 Atualizada em 06/03/2025 às 16h02
Preços do ovo, carne e café em alta; carne pode subir 17% e café até 24%

Nos últimos meses, os preços do café atingiram níveis recordes devido a condições climáticas adversas e redução na produção. Em fevereiro de 2025, os contratos futuros do café arábica ultrapassaram US$ 4,30 por libra-peso, marcando um aumento de 35% em relação ao ano anterior.

De acordo com a Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC), os preços do café devem aumentar entre 20% e 25% nos próximos meses. Esse aumento é atribuído à expectativa de uma safra maior apenas em 2026, o que eleva os preços no curto prazo. A alta deve ocorrer nos próximos meses, com uma possível queda a partir de setembro, quando a oferta aumentar.

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No que se refere aos ovos, houve um aumento de 35% no preço em janeiro, com o valor da dúzia passando de R$ 15,49 para R$ 20,99. Especialistas indicam que os preços elevados podem persistir nos próximos meses devido a fatores como aumento nos custos de produção e condições climáticas adversas que afetam a produção.

As recentes políticas comerciais implementadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, incluindo a imposição de tarifas de 25% sobre importações do Canadá, México e União Europeia, têm gerado preocupações sobre possíveis aumentos nos preços de diversos produtos, incluindo café, ovos e carne. Essas tarifas podem afetar a cadeia de suprimentos e aumentar os custos de produção, impactando os preços ao consumidor. No entanto, os efeitos específicos sobre os preços desses itens dependerão de diversos fatores, como a capacidade dos fornecedores de absorver os custos adicionais e a elasticidade da demanda. É importante monitorar a evolução dessas políticas e seus impactos no mercado para compreender plenamente suas consequências.

É verdade que, em uma análise anterior, houve um otimismo em relação ao impacto positivo das tarifas de Trump para o agronegócio brasileiro. A teoria é que, com a imposição de tarifas sobre produtos de outros países, especialmente da China, o Brasil poderia se beneficiar ao aumentar suas exportações para o mercado chinês, que buscaria diversificar suas fontes de fornecimento.

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Porém, ao observarmos a situação de forma mais ampla, existem desafios e riscos. Caso as tarifas elevem o custo dos insumos, como o petróleo ou fertilizantes, ou ainda causem uma desaceleração no crescimento global, a demanda por produtos brasileiros poderia ser afetada negativamente. Isso poderia reduzir as expectativas de crescimento no agronegócio, além de criar uma instabilidade econômica que afeta tanto os produtores quanto o mercado de exportação.

Ademais, o Brasil também é vulnerável a uma desaceleração no mercado chinês, que, além de ser um grande importador de produtos agrícolas, também depende de um cenário econômico interno estável. Assim, embora o Brasil possa colher frutos com o aumento da demanda de alguns produtos, essa nova dinâmica de guerra comercial pode gerar efeitos indesejáveis no longo prazo.

O preço do ovo também pode registrar aumento durante o período da Quaresma e Semana Santa, devido ao aumento na demanda. Nessas datas, há uma maior procura por ovos, especialmente para a produção de pratos típicos, o que tende a pressionar os preços para cima.

Preço do boi gordo e guerra econmica 

As previsões para os preços da carne bovina em 2025 indicam uma tendência de alta. Analistas apontam que fatores como o ciclo pecuário atual, condições climáticas adversas e a depreciação do câmbio contribuem para essa expectativa. O economista Francisco Pessoa, da LCA 4intelligence, projeta um aumento de 17% no preço do boi gordo em 2025, com uma alta média anual superior a 35%.

Além disso, o consultor Fernando Iglesias destaca que a redução no abate de vacas para recomposição do rebanho diminui a oferta de bezerros, impactando a disponibilidade de animais para abate e, consequentemente, elevando os preços.

O Ministério do Desenvolvimento Agrário também menciona que fatores como o aumento dos preços de commodities, incluindo a carne, e eventos climáticos que afetaram a safra passada contribuem para a alta dos preços no mercado interno.

Portanto, é esperado que os preços da carne bovina apresentem aumentos significativos ao longo de 2025, influenciados por uma combinação de fatores estruturais e conjunturais no mercado.

As políticas econômicas do governo federal também desempenham um papel importante no aumento dos preços da carne e outros produtos. A inflação elevada, muitas vezes resultante de políticas monetárias expansionistas ou do aumento nos gastos públicos, pode impactar diretamente os preços de insumos essenciais, como combustível, energia e ração para o gado, elevando o custo de produção no setor agropecuário.

Além disso, políticas fiscais, como aumento de impostos ou subsídios governamentais, podem afetar o mercado de forma indireta. Por exemplo, se o governo adotar medidas de incentivo para exportação de carne, como isenções fiscais ou desonerações, isso pode aumentar a demanda externa e, por consequência, elevar os preços no mercado interno.

No entanto, a política monetária também tem efeito sobre a inflação doméstica. Se o governo adotar uma postura expansionista, imprimindo mais dinheiro ou mantendo os juros baixos por muito tempo, pode haver uma pressão adicional sobre os preços de bens e serviços, incluindo a carne, alimentando ainda mais o ciclo inflacionário.

Portanto, a combinação de inflação, políticas fiscais e monetárias do governo federal contribui para o cenário de aumento nos preços da carne e outros produtos no Brasil.

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