Política Matões
Safadão canta, Prefeitura gasta, e o povo paga: os R$ 1,2 mi que Matões poderia investir em serviços
Enquanto Matões sofre com saúde precária e escolas em ruínas, a Prefeitura gasta R$ 1,2 milhão em um único show de Wesley Safadão. O contrato, feito sem licitação, levanta suspeitas de prioridades invertidas. Será que esse é o melhor uso do dinheiro público?
30/05/2025 11h28 Atualizada há 3 dias
Por: Redação

Enquanto escolas precisam de reformas, postos de saúde carecem de medicamentos e as ruas de Matões seguem esburacadas, a Prefeitura decidiu destinar R$ 1.200.000,00 dos cofres públicos para um único show de Wesley Safadão. O contrato, assinado em 28 de maio de 2025, foi realizado sem licitação sob a justificativa de "inexigibilidade" (processo nº 062/2025), alegando que o artista seria "único" e de "grande porte".

Mas será que esse gasto milionário – equivalente ao custo de 20 ambulâncias ou reforma de 10 escolas – é realmente a prioridade que a população de Matões precisa?

O que o contrato revela (e o que a Prefeitura não explica)

O documento oficial (Contrato nº 233/2025) mostra que:

Será que o prefeito de Matões, Nonatinho, também quer ouvir Wesley Safadão chamá-lo de pai, assim como fez com Brandão? 'Brandão, tu não é um governador, tu é um pai', disse Safadão em cima do palco. Será que o prefeito de Matões tem esse desejo?

O problema não é o show, mas a falta de transparência e prioridade

Ninguém questiona a importância da cultura. O problema é que, em um município com carências urgentes, gastar essa quantia em uma única apresentação – sem discussão pública ou justificativa técnica – é no mínimo irresponsável.

Perguntas que a Prefeitura precisa responder

  1. Por que não houve licitação? A inexigibilidade é uma exceção, não regra. Wesley Safadão é realmente o único artista capaz de atender ao evento?

  2. Qual o retorno econômico para Matões? Haverá prestação de contas comprovando que o investimento gerou benefícios (emprego, turismo, arrecadação)?

  3. Por que esse valor não foi usado para projetos culturais permanentes? Ex.: reforma de centros culturais, oficinas para jovens, ou apoio a artistas locais.

Conclusão: Um luxo que Matões não pode bancar

A cultura deve ser acessível, não um fardo para os cofres públicos. Se a Prefeitura quisesse realmente impactar a vida da população, poderia ter optado por:

O show vai acontecer. Mas depois que o público for embora, as contas continuarão chegando – e quem paga, como sempre, são os moradores de Matões. É hora de cobrar políticas públicas que priorizem o povo, não o espetáculo.