Economia Brasil
Beneficiários do Bolsa Família podem trabalhar com carteira assinada sem perder o benefício a partir de julho
Nova regra entra em vigor em junho, mas efeitos práticos começam apenas em julho; mudança busca equilibrar proteção social e eficiência no gasto público.
22/05/2025 07h02 Atualizada há 1 semana
Por: Redação

O governo federal anunciou nesta quinta-feira (15) mudanças nas regras de transição do Bolsa Família para famílias que superam o limite de renda para permanência no programa. A principal alteração reduz de 24 para 12 meses o período de recebimento do benefício em casos de aumento de renda, desde que a família se mantenha dentro da faixa de proteção (até R$ 706 por pessoa). A medida valerá apenas para quem ingressar na regra a partir de junho, com impactos nos pagamentos a partir de julho de 2025.

O que muda na prática?

Famílias já incluídas mantêm regra antiga

As mais de 3 milhões de famílias que já estão na regra de transição (dados até abril de 2025) continuarão com o prazo de 24 meses. O governo destacou que a mudança visa "qualificar o gasto público", incentivando a autonomia sem cortes abruptos.

Retorno prioritário e emprego formal

Se a renda da família cair novamente após sair do programa, ela poderá ser reintegrada com prioridade por até 36 meses. Dados do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) mostram que, em 2025, 67% das novas vagas formais foram ocupadas por cadastrados no CadÚnico, sendo 273 mil beneficiários do Bolsa Família.

"A ideia é que ninguém tenha medo de assinar a carteira. Quem conseguir emprego terá apoio gradual", explicou Eliane Aquino, secretária do MDS. A medida busca equilibrar incentivo ao trabalho e rede de segurança social.

Impacto fiscal: A redução do prazo deve liberar vagas mais rapidamente para novas famílias em situação de pobreza, otimizando recursos.