Caxias, MA – Após a divulgação de um recente levantamento do Ministério da Educação (MEC) que atribuiu nota 1 ao curso de Medicina da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), campus Caxias, a Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Maranhão (ALEMA) aprovou, por unanimidade, a realização de uma audiência pública para debater medidas de aprimoramento. A proposta, apresentada pelo deputado estadual Catulé Júnior (PP), visa envolver a comunidade acadêmica e autoridades na busca por soluções.
O MEC avaliou três cursos de medicina no estado, sendo que, além da UEMA de Caxias (nota 1), a Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e o Centro Universitário do Maranhão (Uniceuma) receberam nota 2 – ainda dentro da faixa "insatisfatória", porém com desempenho superior ao da instituição estadual. A escala vai até 5, e a nota mínima para aprovação é 3.
A situação acendeu um alerta sobre a qualidade do ensino oferecido no campus, levando à mobilização de parlamentares e gestores educacionais.
Durante a sessão da Comissão de Educação na última quarta-feira (14), Catulé Júnior destacou a importância do diálogo com professores, alunos, gestores e representantes da reitoria da UEMA.
"Tenho certeza absoluta de que os deputados desta Casa se farão presentes, não só os quatro parlamentares que representam Caxias, mas todos que compreendem a relevância deste debate para o fortalecimento da educação superior no nosso estado", afirmou o parlamentar, agradecendo o apoio dos colegas da comissão.
A audiência, que será realizada em Caxias, tem como objetivo identificar os principais desafios do curso – como infraestrutura, corpo docente ou recursos pedagógicos – e propor ações concretas para elevar o padrão de ensino, garantindo a formação qualificada de futuros médicos.
A data do evento ainda será definida, mas a expectativa é que reúna especialistas em educação, lideranças políticas e a sociedade civil. O resultado do debate deve subsidiar políticas públicas e possíveis investimentos na UEMA, assegurando que o curso atinja os parâmetros exigidos pelo MEC.
Enquanto isso, a universidade deverá apresentar um plano de correções para sanar as deficiências apontadas pela avaliação federal, evitando consequências mais graves, como o descredenciamento do curso.
A educação médica no Maranhão permanece sob vigilância, e a audiência representa um passo crucial para reverter o cenário atual.