Política Caxias
Câmara aprova aumento de deputados federais para 531; custo anual será de R$ 64,6 milhões
A Câmara aprovou o aumento de 513 para 531 deputados federais, com custo anual de R$ 64,6 milhões. Projeto visa equilibrar representação após Censo 2022 e segue para o Senado. Críticos questionam gastos extras em meio a ajustes fiscais.
07/05/2025 11h42
Por: Redação

Brasília, 6 de maio de 2025 – A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (6) o projeto que amplia o número de parlamentares de 513 para 531. A proposta, que segue agora para o Senado, gerará um custo adicional de R$ 64,6 milhões por ano aos cofres públicos, segundo cálculos da Direção-Geral da Casa.

A votação, que durou mais de cinco horas, terminou com 270 votos favoráveis e 207 contrários. O texto, relatado pelo deputado Damião Feliciano (União-PB), prevê a criação de 18 novas cadeiras a partir das eleições de 2026.

Revisão populacional e polêmica
A mudança surge em resposta a uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), que exigia a atualização da distribuição de vagas entre os estados com base no Censo de 2022. Originalmente, o STF defendia a manutenção do total de 513 deputados, realocando cadeiras de estados que perderam população para aqueles que cresceram demograficamente.

No entanto, o projeto aprovado evita a redução de assentos nos estados menos populosos e ainda amplia o número total de parlamentares. "Corrigimos distorções sem prejudicar a representatividade de nenhuma unidade da Federação", argumentou Feliciano.

Como ficam as vagas
Pelo relatório final, nove estados ganharão novas cadeiras:

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), articulou a proposta para equilibrar interesses regionais. Inicialmente, defendia um aumento de 14 vagas, mas o relator incluiu mais quatro para reduzir desproporções.

Próximos passos
Se o Senado não votar a matéria até 30 de junho – prazo estipulado pelo STF –, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ficará responsável por definir as regras. Críticos do projeto alegam que o custo extra é injustificável em um momento de ajuste fiscal, enquanto defensores destacam a necessidade de representação equilibrada.