O programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), relançado pelo Governo Federal em 2023, continua sendo a principal porta de entrada para a casa própria de milhões de brasileiros. Focado em atender famílias de baixa renda, o programa possui regras específicas que determinam quem pode ser beneficiado. Entender esses critérios é essencial para quem deseja realizar o sonho da casa própria por meio do MCMV.
O programa é destinado a famílias com renda bruta mensal de até R$ 8 mil, divididas em três faixas:
Faixa 1: renda familiar de até R$ 2.640, com maior subsídio e possibilidade de 100% de financiamento subsidiado pelo governo;
Faixa 2: renda entre R$ 2.640,01 e R$ 4.400;
Faixa 3: renda entre R$ 4.400,01 e R$ 8.000, com menores subsídios, mas ainda com condições especiais de financiamento.
Para ser elegível, é necessário que a família não possua outro imóvel residencial no país e não tenha sido beneficiada anteriormente por programas habitacionais do governo.
Pessoas em situação de rua, ou que não têm renda formal — incluindo aquelas que recebem exclusivamente o Bolsa Família — também podem ser contempladas pelo programa, especialmente na Faixa 1. Nesse caso, o financiamento pode ser 100% subsidiado pelo governo federal, ou seja, sem necessidade de pagamento de parcelas por parte do beneficiário.
É fundamental, porém, que essas pessoas estejam inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) e com os dados atualizados. A inclusão de pessoas em situação de vulnerabilidade extrema é uma prioridade do programa, e a seleção leva isso em conta.
Para se candidatar, o interessado precisa apresentar documentos básicos, como:
CPF e RG;
Comprovante de renda (caso exista);
Comprovante de estado civil;
Comprovante de residência atual (ou declaração emitida por órgão de assistência social, no caso de pessoas em situação de rua);
Número de Identificação Social (NIS), presente no CadÚnico.
Esses documentos são exigidos em qualquer cidade do país, independentemente da forma de inscrição adotada localmente. Por isso, é importante reunir todos com antecedência.
Em Caxias, os conjuntos habitacionais do Minha Casa, Minha Vida ainda estão em fase inicial de construção. Até o momento, a prefeitura não divulgou como será o processo de inscrição, nem os locais ou datas para o cadastramento dos interessados.
Mesmo sem um anúncio oficial, a recomendação é que as famílias que desejam participar já comecem a se organizar e deixar toda a documentação exigida separada. Assim, quando a prefeitura divulgar as regras locais — que podem incluir atendimento presencial em pontos específicos da cidade ou até mesmo inscrições online — os interessados estarão prontos para se inscrever imediatamente.
Mesmo entre os que atendem às exigências básicas, há critérios que influenciam na seleção:
Famílias chefiadas por mulheres;
Famílias com pessoas com deficiência, idosos ou crianças;
Famílias em situação de vulnerabilidade social ou em áreas de risco;
Pessoas em situação de rua ou com renda exclusivamente do Bolsa Família;
Famílias residentes em áreas de remoção ou deslocamento involuntário.
Esses grupos recebem prioridade na seleção e no processo de assinatura do contrato habitacional.
Após o cadastro, as famílias passam por uma análise de documentos e, em muitos casos, participam de um sorteio público quando o número de candidatos é maior do que o número de unidades disponíveis. O sorteio é regulamentado e acompanhado por órgãos de controle social, garantindo transparência.
Na Faixa 1, os imóveis podem ser 100% subsidiados para famílias em situação de vulnerabilidade. Nas demais faixas, os juros são mais baixos que os do mercado tradicional, e o prazo de pagamento pode chegar a até 30 anos.
O valor do subsídio varia conforme a renda familiar, a localização do imóvel e o número de dependentes. A intenção é facilitar a entrada do cidadão no mercado formal de habitação.
Desde sua criação, o Minha Casa, Minha Vida já entregou milhões de moradias em todo o Brasil. Além de reduzir o déficit habitacional, o programa estimula a economia local com a geração de empregos na construção civil.
Com as novas regras e o foco renovado no combate às desigualdades sociais, o programa volta a ser uma ferramenta importante para garantir dignidade e acesso à moradia para quem mais precisa.