O governo federal anunciou, nesta terça-feira (23), uma nova modalidade do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) voltada especificamente para pessoas em situação de rua. A iniciativa reservará 3% das unidades habitacionais do programa para essa população, com financiamento integral do valor do imóvel, sem necessidade de pagamento de parcelas.
A medida, que prioriza famílias com crianças, adolescentes, mulheres, gestantes, pessoas trans, idosos e pessoas com deficiência, tem como objetivo não apenas garantir moradia, mas também acesso a acompanhamento social, psicológico e de saúde.
Mais de um ano após a sanção da nova versão do MCMV, a regulamentação específica para pessoas em situação de rua foi finalmente definida. De acordo com o governo, 38 municípios que concentram mais de mil pessoas em situação de rua – conforme dados do Cadastro Único – serão obrigados a reservar unidades dentro do programa. Nas demais cidades, a adesão será facultativa, mas incentivada.
O ministro responsável pela pasta destacou que a proposta vai além da entrega de chaves: "Para essa população, especialmente, não haverá pagamento da parcela do MCMV. O objetivo é tirar essas famílias das ruas do Brasil e dar a elas um lar. E não só um lar, mas também atendimento social, psicológico e de saúde", afirmou.
A seleção dos beneficiários levará em conta o grau de vulnerabilidade, com foco em:
Famílias com crianças e adolescentes (para evitar a permanência de menores nas ruas);
Mulheres e gestantes (grupo que enfrenta maiores riscos em situação de rua);
Pessoas trans (população com altos índices de exclusão social);
Idosos e pessoas com deficiência (que demandam maior proteção social).
A expectativa é que, com a regulamentação, os municípios selecionados comecem a incluir os beneficiários ainda em 2024. O governo também estuda parcerias com ONGs e entidades sociais para garantir o acompanhamento pós-moradia, evitando a desistência ou o retorno às ruas.
Essa é a primeira vez que o MCMV inclui uma modalidade 100% subsidiada e direcionada exclusivamente para pessoas em situação de rua, marcando uma mudança na política habitacional brasileira.
O que você acha dessa iniciativa? A medida pode realmente ajudar a reduzir o número de pessoas vivendo nas ruas? Deixe sua opinião nos comentários!