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PF e CGU investigam fraude de R$ 6,3 bilhões em aposentadorias no Maranhão e em outros 13 estados
A “Operação Sem Desconto”, deflagrada pela PF e CGU, investiga fraudes de R$ 6,3 bilhões em aposentadorias do INSS. O Maranhão está entre os 14 estados alvo da ação. A investigação apura descontos ilegais em benefícios e já resultou em mandados, prisões e afastamentos.
23/04/2025 10h02 Atualizada há 3 dias
Por: Redação

Uma megaoperação coordenada pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU) foi deflagrada nesta quarta-feira (23), com o objetivo de desmantelar um esquema de fraudes que teria causado prejuízos de aproximadamente R$ 6,3 bilhões aos cofres públicos. O estado do Maranhão está entre os 14 estados brasileiros e o Distrito Federal que foram alvos da ação, batizada de "Operação Sem Desconto".

Ao todo, foram expedidos 211 mandados judiciais, incluindo ordens de busca e apreensão, sequestro de bens que ultrapassam R$ 1 bilhão e seis mandados de prisão temporária. Também foram determinados o afastamento de seis servidores públicos suspeitos de participação no esquema.

As investigações apontam que, entre 2019 e 2024, milhares de aposentados e pensionistas do INSS foram vítimas de descontos indevidos nos seus benefícios previdenciários, realizados sem autorização. As cobranças partiam de entidades associativas que, supostamente, agiam em conluio com servidores públicos e operadores do sistema, promovendo os descontos de forma irregular.

Além do Maranhão, a operação ocorre nos estados de Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo, Sergipe e no Distrito Federal.

Os investigados poderão responder por crimes como corrupção ativa e passiva, violação de sigilo funcional, falsificação de documentos públicos, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Segundo a PF, o objetivo principal da operação é desarticular toda a cadeia envolvida nas fraudes, responsabilizar os agentes e garantir que os recursos desviados sejam recuperados, além de assegurar justiça para os aposentados e pensionistas prejudicados.

A ação marca mais um capítulo da luta contra crimes financeiros que afetam diretamente a população mais vulnerável do país, reforçando a importância da vigilância constante sobre a gestão de recursos públicos.