O deputado federal Pedro Lucas Fernandes (União Brasil-MA), atual líder da bancada do União Brasil na Câmara dos Deputados, recusou o convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para assumir o Ministério das Comunicações. A decisão foi oficializada na noite desta terça-feira (data a ser inserida), por meio de uma nota pública divulgada pelo parlamentar.
O nome de Pedro Lucas havia sido indicado pela própria base governista para ocupar a vaga deixada por Juscelino Filho, que pediu exoneração do ministério após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por suposto envolvimento em desvios de emendas parlamentares durante seu mandato como deputado federal.
A indicação chegou a ser confirmada pela ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, que declarou na época que o deputado maranhense havia pedido um prazo até o fim do período da Páscoa para finalizar questões internas da liderança da sigla na Câmara. No entanto, após reunir a bancada nesta terça-feira para discutir o convite, Pedro Lucas optou por permanecer no Legislativo.
Na nota, o parlamentar agradeceu a Lula pela confiança, mas justificou sua decisão com base em um compromisso com sua atual função:
"Com espírito de responsabilidade e profundo respeito pela democracia brasileira, venho a público agradecer ao presidente Lula pelo honroso convite. A confiança depositada em meu nome me tocou de maneira especial e jamais será esquecida."
Pedro Lucas afirmou acreditar que, neste momento, pode contribuir mais com o país permanecendo na liderança do União Brasil na Câmara.
"A liderança me permite dialogar com diferentes forças políticas, construir consensos e auxiliar na formação de maiorias em pautas importantes para o desenvolvimento do Brasil."
Ele também pediu desculpas ao presidente pela recusa:
"Apresento minhas mais sinceras desculpas ao presidente Lula por não poder atender a esse convite. Seguirei lutando pelo bem-estar de todos os brasileiros, especialmente daqueles que mais precisam."
A decisão mantém o União Brasil com o desafio de indicar um novo nome para o comando das Comunicações. Com a saída de Juscelino Filho e a recusa de Pedro Lucas, o espaço continua vago, em um momento em que o governo busca reforçar sua base política no Congresso Nacional.