Cidades Maranhão
Desorganização e má conservação marcam distribuição de peixe em Ariri e Codó
Durante a Semana Santa, moradores de Arari e Codó enfrentaram filas, desorganização e receberam peixes estragados. As denúncias incluem má gestão, uso político da ação e falta de transparência. População cobra respostas das prefeituras.
16/04/2025 12h21
Por: Redação

Todo ano, a mesma cena se repete durante a Semana Santa em diversas cidades do Maranhão: filas intermináveis, desorganização e, em muitos casos, peixes estragados sendo distribuídos a moradores carentes. Neste ano, os problemas persistiram, gerando revolta entre a população e críticas nas redes sociais.

Em Arari, vídeos compartilhados por moradores mostram peixes em estado de decomposição sendo entregues como doação pela prefeitura, administrada pela prefeita Simplesmente Maria. As imagens, que viralizaram, exibem alimentos com odor forte e aparência imprópria para consumo. Muitos relataram ter recebido os peixes já estragados, enquanto outros sequer conseguiram ser atendidos após horas de espera.

Já em Codó, a insatisfação foi causada pela falta de fichas de distribuição, que acabaram rapidamente, deixando centenas de pessoas sem o alimento prometido. O prefeito Chiquinho FC foi alvo de críticas, com acusações de má gestão e falta de planejamento. Vídeos mostram moradores reclamando da situação, enquanto muitos saíram de mãos vazias após longas horas de fila.

Falta de fiscalização e uso político

Além dos problemas logísticos e da qualidade duvidosa dos alimentos, há denúncias de que a distribuição de peixes seria usada como ferramenta de promoção política, com recursos públicos sendo empregados sem transparência. Moradores e entidades de defesa do consumidor questionam a origem dos produtos e a ausência de critérios claros para a entrega.

"É humilhante ficar horas na fila para receber um peixe estragado ou ser mandado embora sem nada. Isso não é ajuda, é desrespeito", desabafou uma moradora de Arari, que preferiu não se identificar.

Até o momento, as prefeituras de Arari e Codó não se pronunciaram oficialmente sobre os casos. A população espera que medidas sejam tomadas para evitar que situações semelhantes se repitam no futuro.