Um veículo que ficou preso em uma fenda da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, localizada entre o Maranhão e o Tocantins, teve objetos pessoais e peças furtados durante o período em que permaneceu no local. O carro de passeio, que foi retirado na quinta-feira (23), estava sobre a ponte há um mês, desde o desabamento ocorrido no dia 22 de dezembro de 2024. O acidente, que aconteceu por volta das 15h, resultou em 14 mortos, três desaparecidos e um ferido.
O proprietário do veículo relatou que, após o desmoronamento, o carro ficou preso em uma das fendas da estrutura, e os três ocupantes tiveram que sair rapidamente em busca de segurança. Devido à pressa, o carro foi deixado com as janelas abertas e os pertences no interior. O dono do veículo registrou um boletim de ocorrência na 21ª Delegacia de Polícia de Aguiarnópolis na manhã de quarta-feira (22), informando que estava atravessando de Aguiarnópolis para Estreito (MA) no momento do acidente.
A família do proprietário entrou com uma ação na Justiça Federal para recuperar o veículo, já que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) demorou para resolver a situação. Após a decisão judicial, o DNIT iniciou a operação de remoção dos veículos na terça-feira (21), utilizando um aterro no acesso à ponte e Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ) para permitir a passagem dos equipamentos de resgate.
Ao chegar ao local para verificar se o carro havia sido retirado, o proprietário constatou que ele ainda estava na ponte. Ele pediu a um funcionário que verificasse o interior do veículo para recuperar uma carteira com documentos, mas o item não foi encontrado. Fotos tiradas pelo funcionário mostraram que o carro havia sido alvo de furto. Segundo o dono, a carteira continha cartões bancários, documentos e R$ 400 em dinheiro. Ele não soube informar quais peças do veículo foram levadas, pois o carro ainda estava na ponte no momento do registro do boletim.
No dia do acidente, estavam no carro Laís Lucena, seu marido e sua cunhada. Laís relatou que viu os veículos caírem junto com a estrutura da ponte. Seu marido tentou dar ré, mas o carro ficou preso em uma das rachaduras, impedindo a manobra.
Entramos em contato com o DNIT para obter um posicionamento sobre a denúncia do proprietário, mas não recebeu resposta até o fechamento desta reportagem.